Design que Transforma: veja exemplos de design funcional na decoração.

Garantir o melhor aproveitamento possível dos espaços disponíveis em casa é o sonho de todo morador, e o design funcional visa justamente cumprir esse objetivo.

Otimizar os ambientes em prol de uma rotina mais confortável e funcional já era uma tendência, mas esse desejo ganhou ainda mais força entre as pessoas com a chegada da pandemia.

De acordo com uma pesquisa apresentada no evento Conexão Sienge e divulgada na Revista Casa e Jardim, 40% dos entrevistados afirmaram que a quarentena mudou seus desejos mobiliários, que agora demandam espaços mais livres e com comodidade para suas rotinas.

Essas características estão diretamente relacionadas à funcionalidade, que pode ser favorecida por meio de algumas escolhas na arquitetura e no design de interiores das residências. 

Mas afinal, como desfrutar de todos os benefícios do design funcional e organizar a casa para que ela seja mais prática e fluída? Descubra tudo sobre o conceito a seguir.

O que é Design Funcional?

O design funcional, como o próprio nome sugere, é uma tendência de design que preza pela utilidade e funcionalidade das coisas.

Inclusive, esse foco na função atualmente é valorizado em várias áreas do mercado, como na usabilidade de um website, na utilidade de um produto ou na praticidade e na resistência de uma embalagem, por exemplo. 

A mesma lógica é válida para os segmentos de arquitetura e design de interiores, que cada vez mais devem voltar seus esforços ao valor e às experiências que cada ambiente pode proporcionar aos seus usuários.

Nesses casos, o objetivo do design funcional é garantir que o espaço seja o mais prático e útil possível. Isso não significa que os cuidados estéticos são deixados de lado, mas que cada elemento e item decorativo é escolhido por um motivo, voltado sempre à otimização do local. 

A ideia é que todos os objetos e mobiliários sejam posicionados de maneira inteligente, para que a composição seja mais fluída, fácil de transitar e proporcione liberdade para quem a utiliza. Além disso, a praticidade também deve ser fonte de conforto aos moradores, por meio de escolhas úteis e que façam sentido às suas rotinas dentro do ambiente. 

Muitos atribuem o design funcional aos pequenos apartamentos e estúdios, que se beneficiam principalmente de móveis e ambientes multifuncionais. Contudo, o conceito pode ser aplicado em qualquer projeto, garantindo o melhor padrão de uso para residências ou até empresas de todos os tamanhos. 

Dicas de como aplicar o design funcional no seu projeto

Não existe uma única fórmula ou modelos pré-concebidos para o design funcional. Tudo pode variar de acordo com o espaço disponível, com as demandas dos moradores e com as características de cada projeto.

Isso significa que só você pode determinar o que precisa para que tenha suas necessidades atendidas, e que só um arquiteto ou designer de interiores pode lhe ajudar a fazer as melhores escolhas para criar uma composição coesa e mais prática.

Contudo, se você está pensando em contratar um profissional ou se deseja realizar algumas mudanças por conta própria na sua casa, é importante ter algumas dicas em mente, que podem ser decisivas para que você consiga atingir a funcionalidade que deseja. São elas: 

Fique atento às medidas dos móveis

Uma boa circulação depende diretamente de uma boa organização dos elementos que formam o ambiente. Isso significa que se o local for muito pequeno, móveis grandes e em excesso podem comprometer o espaço. No mesmo sentido, projetos muito grandes com poucos móveis podem acabar não aproveitando ao máximo o potencial do mobiliário.

Isso significa que você precisa ter equilíbrio e planejar muito bem onde cada objeto será posicionado, levando as medidas do ambiente em consideração. Uma alternativa pode ser o investimento em móveis sob medida, que são feitos de acordo com suas necessidades e se encaixam perfeitamente nos espaços a que são destinados para cumprir sua função. 

 

Considere o uso de móveis modulares

Outra opção para não ter problemas com as medidas do mobiliário, e também para poupar gastos excessivos com móveis sob medida, é investir em produtos modulares, que podem ser adquiridos em módulos menores e complementados de acordo com o espaço disponível ou com a funcionalidade desejada.

A grande vantagem é que eles são desenvolvidos com foco no design funcional, com diferentes padrões de utilidades que se somam às possibilidades de adaptação para agregar ainda mais valor ao seu projeto. O melhor é que você ainda tem a possibilidade de desfrutar de todo o valor dos melhores móveis originais sem que isso signifique abrir mão do seu desempenho espacial.

 

Aposte em ambientes multifuncionais

Para valorizar a função de cada cômodo e ainda aumentar sua sensação de liberdade dentro de casa, procure integrar ambientes e aproveitar suas funcionalidades simultaneamente. 

Dependendo do espaço disponível, uma cozinha pode ser integrada à sala de jantar para que se torne mais espaçosa e para que você a utilize ao mesmo tempo em que interage com as visitas. O mesmo é válido para salas de estar integradas às sacadas, quartos com closets, sala de jantar com sala de estar, e assim por diante.

Por falar em ambientes multifuncionais, essa lógica também pode servir para o mobiliário, principalmente se você tiver pouco espaço disponível em um apartamento ou estúdio, por exemplo. 

Isso significa dar preferência para uma cama baú, à uma banqueta que também serve como mesinha de apoio, sofás-cama para as visitas, armários com dobras que viram mesas, escrivaninhas com tomadas embutidas, mesas que assumem diferentes formatos, etc.

 

 

Prefira os nichos e as prateleiras

Um grande armário, guarda-roupas ou gaveteiro pode ocupar bastante espaço e ainda dificultar o acesso a alguns itens importantes do dia a dia. Como alternativa, dê preferência aos nichos e às prateleiras, que cumprem a função de organização e aproveitam melhor os ambientes, pois são posicionados nos espaços ociosos das paredes.

Essas alternativas são ótimas para diferentes tipos de cômodos, desde prateleiras vazadas nos quartos, até nichos para posicionar os livros, a decoração e outros objetos na sala, para deixar alguns equipamentos da cozinha à vista e mais acessíveis, ou ainda para apoiar uma planta e o porta-escovas de dentes no banheiro, entre outras aplicações parecidas. 

Tenha foco na iluminação

Em primeiro lugar, é preciso priorizar a luz natural, que tem efeito revigorante e confere mais vida aos espaços. É importante que o mobiliário não obstrua sua incidência nas janelas e que cortinas ou persianas sejam posicionadas para controlá-la conforme o desejado.

Já as lâmpadas garantem uma boa capacidade de visualização mesmo em períodos menos iluminados do dia. Elas também devem ser bem distribuídas para favorecer o senso de amplitude do local e podem agregar valor estético por meio de lustres, por exemplo.

Por sua vez, são as luminárias que conferem aconchego aos moradores por meio de seus tons quentes de luz. Elas podem ser colocadas nas paredes para destacar detalhes da decoração, ser usadas em modelos de chão ao lado de poltronas e sofás ou inseridas em mesas e criados-mudos para auxiliar na leitura.

Qual o diferencial do design funcional? 

Ao contrário dos conceitos meramente estéticos, o design funcional visa aliar a beleza dos projetos ao potencial de praticidade, conforto e usabilidade que cada ambiente pode proporcionar aos seus usuários.

Sua finalidade é planejar os espaços de maneira simples e estratégica, levando em consideração cada detalhe capaz de favorecer as rotinas das pessoas. 

Trata-se de uma área que valoriza qualquer residência ou empresa, pois explora ao máximo seu uso sem abrir mão dos elementos que dão personalidade às composições.

Para destacar os diferenciais do design funcional, podemos resumi-lo nos seguintes valores: 

 

• Praticidade, pois proporciona tudo o que as pessoas precisam de forma simples;
• Acessibilidade, já que confere acesso ao que é útil no ambiente a qualquer momento;
• Inteligência, uma vez que otimiza espaços e elimina redundâncias;
• Diferenciação, graças à capacidade de aliar objetividade ao que é bonito e agradável;
• Usabilidade, pois tem como foco o melhor padrão possível de utilização do local. 

Design funcional pode ser elegante também? 

Conforme já reforçamos, o design funcional não visa abrir mão da estética, mas sim garantir que ela seja otimizada, para que faça sentido e seja útil em relação ao todo. 

Alguns exemplos resumem bem essa noção. É o caso dos livros, que não precisam ficar esquecidos em um armário. 

O mesmo serve para as almofadas, que dão mais conforto às pessoas, mas também podem ser posicionadas em diferentes cores, texturas e tamanhos para dar mais personalidade ao visual da sala. 

Seguindo essa mesma lógica, caixas de madeira ou de palha podem ser empilhadas ao lado do sofá ou da escrivaninha do escritório, dando um toque inusitado e mais descontraído para o projeto, e também servindo para guardar alguns itens. 

Há ainda a possibilidade de investir em produtos que, ao mesmo tempo, são úteis e decorativos. É o caso dos móveis de design original, que foram planejados para proporcionar o máximo de conforto e agregar valor artístico. 

Esses são apenas alguns casos que demonstram como o design funcional pode aliar a utilidade dos ambientes e ainda somar à sua estética. 

Como também citamos anteriormente, o profissional mais qualificado para explorar essas oportunidades é o designer de interiores, que atua justamente para agregar o melhor padrão de beleza aos espaços dando foco à sua funcionalidade. 

Como os objetos podem auxiliar em projetos funcionais? 

Você não precisa começar um projeto do zero para aproveitar os benefícios do design funcional. Na verdade, a escolha e a organização do mobiliário e de alguns itens de design original já fazem toda a diferença para que você o explore na sua casa ou escritório. 

Para demonstrar como isso é possível, abaixo elencamos algumas dicas para você transformar diferentes tipos de ambientes apenas com a inserção desses objetos: 

Dicas de Espaços funcionais: sala de estar

É muito comum que as salas de estar sejam ambientes repletos de móveis, como sofás, racks para a televisão, armarinhos para armazenar objetos, mesa de centro, entre outros.

Para começar a otimizar o espaço, você pode tirar a televisão de cima do rack e instalá-la na parede. Com isso, é possível retirar o móvel para ganhar mais espaço ou ainda utilizá-lo para outras finalidades.

Se a sua sala é pequena, tente incorporar um espelho em alguma de suas extremidades. Além de ser útil e de dar mais beleza ao ambiente, ele aumenta a sensação de amplitude, o que melhora o sentimento de conforto dentro do espaço.

Quartos 

Para os quartos, as mesmas dicas acima podem ser válidas, especialmente em relação à TV e aos espelhos.

Se a sua cama não tiver uma cabeceira, procure instalar um modelo alto, que deixa o local mais elegante, confortável e ainda passa a sensação de que o ambiente é mais espaçoso. 

Para ter mais aconchego, instale luminárias com tons de luz quentes ao lado da cama. Elas são úteis se você quiser ler, por exemplo. Além disso, você pode apagar as luzes principais e desligá-las somente antes de dormir, sem precisar levantar-se.

Por falar em iluminação, uma boa opção é instalar luzes de LED dentro do guarda-roupas. Elas elevam a personalidade do quarto e ainda facilitam a busca por certas peças. 

Cozinhas 

No caso das cozinhas, muitos projetos já abrem mão do tradicional fogão com forno embutido e dão preferência ao cooktop. Eles dão um visual mais contemporâneo ao local e ainda permitem que a parte de baixo seja aproveitada para armazenar itens. 

Se você não mora em um apartamento com estrutura de gás encanado e tem pouco espaço disponível, uma boa alternativa são os fogões elétricos a indução. Eles dispensam a utilização de gás e de todo o espaço necessário para armazenar o botijão.

Como ter espaços mais bonitos e funcionais em um apartamento?

No caso dos apartamentos, que geralmente são menos espaçosos, priorize as dicas que citamos acima e também adote alguns cuidados especiais. 

Se o ambiente da sala for aberto, por exemplo, as estantes também podem funcionar como divisórias. Para não perder o senso de integração, utilize modelos vazados, que favorecem a iluminação e podem ser complementados com quadros, livros e luminárias. 

No caso dos armários, dê preferência às portas de correr. Elas otimizam o espaço e são muito mais práticas do que as tradicionais, que causam transtornos e ocupam espaço sempre que precisam ser abertas. 

Para a sala, utilize pequenos puffs ao lado do sofá, que podem ser ocupados por visitas quando o apartamento tiver mais gente e ainda como apoio para os pés ou mesinha para posicionar alguns objetos que você utilizar no ambiente.

Mais uma vez, reforçamos que produtos como sofás e camas com baús, mesas de centro com gavetas e até móveis com compartimentos escondidos são importantes para otimizar o espaço. O mesmo é válido para espelhos, nichos, iluminação e aproveitamento das paredes. 

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